O Dúo Gorz é formado pela vocalista e compositora argentina radicada em Berlim Lara Alarcón com o suíço Cyrill Ferrari, com guitarra e caixa de ritmos. Nesse show a dupla vai ter a participação de mais dois suíços, Kevin Sommer no clarinete e Michael Cina na bateria. Juntos vão apresentar uma série de composições de Lara batizadas de BRUNO S. São peças inspiradas no conceito de zapping de John Zorn e em elementos do hyperpop. Também trarão algumas canções do repertório do Gorz, com toda a força performática que as caracteriza.
O produtor paulistano possui um caminho de elaboração estética que cruza linguagens como educação, teatro, performance, instalação, vídeo, yoga e sound design. Suas investidas procuram por lugares que encaminham para algum tipo de comunhão, no conforto ou desconforto. E temos musicais, explora o fractal, combinações rítmicas e melódicas que geram tipos particulares de repetição em que o som pode soar o mesmo e diferente em cada ciclo de re-produção, e o dub aparece duplamente como parte estética e parte procedimento.
A performance “Sonho” investiga elementos concretos e subjetivos que compõem lugares de sonho / sonhar / sono / repouso / insônia / ansiedade em pessoas pretas, lugares de projeção, especulação e lidam com os desafios da experiência do sujeito periférico racializado. A proposta é ainda um caminho de diálogo direto com o público. Os áudios dos vídeos gravados e um microfone aberto ao público serão ligados aos eletrônicos de Felinto, de modo que componham e intervenham musicalmente na narrativa sônica criada a partir dos sintetizadores.
Projeto de Maurício Ramírez e César Quevedo nasce em 2017 em Bogotá. Além de serem baterista e guitarrista do Meridian Brothers, Maurício e César exploram por meio de seus instrumentos uma maneira de encontrar uma comunicaç∫ao comum, sendo que cada um deles parte de gêneros diferentes como a música clássica, o jazz, o rock e o pop em projetos como como Pérez, Sanalejo, Meridian Brothers, Trip Trip Trip e ATI. Esse ecletismo é a base das improvisações do Hagudo, que partem do amplo universo das canções populares, para subvertê-las com estilo. Hagudo vem ao festival como parte da série “Colombia, un Cartel Contemporáneo”, parceria entre o Música Estranha e o Nova et Vetera, com apoio do Ibermúsicas e do Ministério da Cultura da Colômbia
6 Dez
Quarta 20h
Sesc Avenida Paulista
O suíço Kukuruz Quartet – 4 pianistas em 4 pianos – é um grupo formado por personalidades artísticas plurais, com atuações em campos musicais distintos: Simone Keller é uma pianista versátil, tocando música contemporânea e clássica, Philip Bartels é diretor de palco de teatro experimental, Duri Collenberg estudou composição em Amsterdã, e Lukas Rickli tem ampla experiência em improvisação.
O quarteto se apresenta com frequência nos mais variados ambientes: teatros, salas de concerto, clubes, bares, escritórios e estúdios.
O grupo foi criado em um milharal – Kukuruz significa ‘milho’ em vários idiomas. Os quatro pianistas foram vistos e ouvidos pela primeira vez numa produção do músico e diretor teatral Ruedi Häusermann, no Schauspielhaus, um dos mais importantes teatros de Zurique. Desde o início, o grupo se envolveu com música clássica, jazz e improvisação.
Manu, ou Manuel Pessôa de Lima, é um compositor-performer polivalente, que mora atualmente em Berlim. Sozinho ou em colaborações, desenvolve trabalhos de difícil categorização, de caráter pessoal e anti-institucional. Alguns, no entanto, o classificam como comediante, visto que muitos de seus trabalhos incluem monólogos que podem ser constrangedores. Seu solo se chama “O Pianista Fracassado”, e foi apresentado em alguns festivais internacionais. Teve uma composição comissionada pelo quarteto Kukuruz, lançada no CD “Breathing – Remembering – Dissolving”, em 2023.
A segunda noite de apresentação dos suíços contrasta com a primeira. “Kukuruz convida o pianista fracassado” é uma colaboração próxima entre o quarteto e Manu, que explora o conceito de o brasileiro se tornar o quinto pianista do grupo, e envolve um diálogo que conecta a peças musicais de Clara Allison e Marcel Zaes.
Por muitos anos Manu realmente acreditou ser um pianista fracassado ou não chegar nem a ser um pianista. Nesse concerto, o Kukuruz Quarteto convida a compartilhar seu problema na presença curativa de uma platéia e quarto pianos.
A performance ainda contará com a participação especial da designer de luz Mirella Brandi.
5 Dez
Terça 20h
Sesc Avenida Paulista
O suíço Kukuruz Quartet – 4 pianistas em 4 pianos – é um grupo formado por personalidades artísticas plurais, com atuações em campos musicais distintos: Simone Keller é uma pianista versátil, tocando música contemporânea e clássica, Philip Bartels é diretor de palco de teatro experimental, Duri Collenberg estudou composição em Amsterdã, e Lukas Rickli tem ampla experiência em improvisação.
O quarteto se apresenta com frequência nos mais variados ambientes: teatros, salas de concerto, clubes, bares, escritórios e estúdios.
O grupo foi criado em um milharal – Kukuruz significa ‘milho’ em vários idiomas. Os quatro pianistas foram vistos e ouvidos pela primeira vez numa produção do músico e diretor teatral Ruedi Häusermann, no Schauspielhaus, um dos mais importantes teatros de Zurique. Desde o início, o grupo se envolveu com música clássica, jazz e improvisação.
Vindo tocar no Brasil pela primeira vez, o Kukuruz Quartet criou dois programas especiais para o Música Estranha Festival. Na primeira noite, apresenta o concerto mais convencional “Step in the same river twice”. Esse programa pega emprestado seu título de Heráclito e apresenta composições contemporâneas para quatro pianos, explorando os conceitos de mudança e impermanência. Heráclito acreditava que as sociedades estão em um fluxo constante, e a adaptação a mudanças é fundamental para moldar um futuro melhor. Essa performance encoraja abraçar a mudança como uma oportunidade de crescimento. Ao adaptarem-se a novas circunstâncias, indivíduos e sociedades podem se tornar melhores. Na segunda parte da noite, “Ecoes across the rivers”, haverá espaço para músicos brasileiros interagirem com o quarteto, a partir de partituras baseadas em texto de compositores brasileiros, que sirvam de ponto de partida para um encontro entre Brasil e Suíça.
Usando sintetizadores analógicos, theremin e guitarra, o compositor paraense trabalha a intersecção entre som experimental e imagem, a partir do uso de tecnologias de produção e manipulação do som. Vai apresentar no festival ” Paisagens imaginárias”, que promove um diálogo entre aspectos musicais e visuais dentro de uma composição, revivendo um conceito de “Augenmusik” (música para olhos). Cinco paisagens sonoras são a base para a manipulação, com sintetizadores e pedais de efeito, em diálogo com a bidimensionalidade da composição visual, em um processo de indeterminação musical.
7 Dez
Quinta 20h
Praça das Artes, Sala do Conservatório
Gratuito
Saxofonista e clarinetista de Bogotá, Mange Valencia é tanto uma compositora como uma improvisadora, que já dividiu o palco com artistas de diferentes cenas musicais globais como as de música experimental, avant-garde, composição contemporânea, jazz, música improvisada e world music. Ela a tua em grupos como Meridian Brothers, El Sexteto la Constelación de Colombia, Adrúbal, MULA, Palanca, Tortuga Alada, Mirlitorrinco, Vien-Tox, Trio Lesion, Hurakán Orkan, Curruncho e La Gran Resbalosa. Passou por residências artísticas no Périscope Lyon, na França, em 2020, e no Banff Centre for Arts and Creativity, no Canadá, em 2022. Mange Valencia vem ao festival como parte da série “Colombia, un Cartel Contemporáneo”, parceria entre o Música Estranha e o Nova et Vetera, com apoio do Ibermúsicas e do Ministério da Cultura da Colômbia.
De Bogotá, o grupo Meridian Brothers traz o neo-tropicalismo colombiano para o festival. Formado em 1998 pelo compositor e multi-instrumentista Eblis Álvarez, o grupo passa a se apresentar ao vivo em 2007, com um grupo de amigos da universidade: Maange Valencia (sopros, percussão e teclados), Eblis Álvarez (vocais, guitarra e direção) Maurício Ramirez que se junta à banda em 2016, Alejandro Forero (teclados), César Quevedo (baixo) e , na engenharia de som, Alejandro Araujo (que substitui Juan Camilo Montañéz). O movimento neo-tropicalista na Colômbia é do começo do século 21, e experimenta influências de música tradicional colombiana como vallenato, cumbia, Bullerengue, o formato de sexteto ‘palenquero’ e o formato ‘Gaita’, entre outros. E o que o Meridian Brothers propõe é traçar uma linha experimental dessas origens, com uma proposta musical sempre em mutação, muito pessoal e histriônica. O Meridian Brothers vem ao festival como parte da série “Colombia, un Cartel Contemporáneo”, parceria entre o Música Estranha e o Nova et Vetera, com apoio do Ibermúsicas e do Ministério da Cultura da Colômbia.
Produtora musical e musicista experimental queer vinda do Mato Grosso do Sul, Rayani constrói batidas e camadas ao vivo com baterias eletrônicas, sintetizadores e samples percussivos afro diaspóricos, criando um ambiente sonoro único em cada apresentação. Vai do hip hop ao house e adora saudar timbres clássicos como os da bateria eletrônica 808.
Raven Chacon é um compositor, performer, músico de noise e artista visual vindo da Nação Navarro de Fort Defiance, nos Estados Unidos. Gravando discos há 22 anos, Chacon já figurou em mais de 80 lançamentos de selos internacionais. Em 2022, recebeu o Prêmio Pulitzer em Música por sua composição “Voiceless Mass”.
Iggor Cavalera é mais conhecido por ser o baterista da banda de metal Sepultura. Sua habilidade de projetar emoções e evocar pensamentos através de seus talentos na percussão, deu vida a diferentes projetos, como as bandas Sepultura, Cavalera Conspiracy, Mixhell, Petbrick, and Soulwax, que o fizeram vender mais de 10 milhões de álbuns.
Para encerrar o festival, Raven Chacon e Iggor Cavalera vão colaborar pela primeira vez. O encontro da dupla vai explorar a intersecção entre som, ritmos transcendentais, cultura e ruído. Com um viés experimental, cada músico trará seus instrumentos para uma conversa, respondendo sonicamente às provocações, capturando e transformando o som de cada um deles. Drones, noise, voz, gravações de campo e bateria vão dar o tom dessa apresentação nunca vista.
Vivendo na Paraíba, Esmeraldo Marques (aka Chico Correa) transita pelos fragmentos imaginários da tradição, pulsos eletrônicos e dub. Participou de grupos como Tribo Éthnos, Cabruera, ChicoCorrea & Electronic Band, Parahyba Art Ensemble, Seu Pereira e Coletivo 401, e trabalhou em parceria com diversos artistas, como Dj Dolores, Maga Bo, Baiana System, Cabruera, e Totonho e os Cabras. Além de produzir remixes, atua com seu live pa, mixando produções próprias com fragmentos sonoros pesquisados mundo afora. Tem como principal característica, a valorização de ritmos nordestinos como o xote, maracatu, côco, e a ciranda, tudo em sintonia com a música eletrônica.
Jessica Caitano é artista multifacetada: cantora e compositora, rapper e repentista, percussionista, educadora e ativista. Nascida no município de Triunfo, no Sertão do Pajeú de Pernambuco, terra dos lendários repentistas nordestinos. Em parceria com o produtor Chico Correa assina o projeto Surra de Rima em que desenvolve sua verve poética e flow agressivo, empoderado. Sua narrativa representa a mulher nordestina, suas lutas e a conexão com a terra, o coco de roda e os folguedos locais.
O show é festivo, mas sem cair no discurso vazio: a festa e o terreiro também são lugares de consciência. Ao misturar a cultura popular com batidas urbanas, o duo evidencia ancestralidade e contemporaneidade numa performance surpreendente.
Formado pela acordeonista Eva Zöllner e pela clarinetista Heather Roche, o duo é conhecido por ter uma abordagem única e versátil de seus instrumentos. Suas performances inovadoras garantiram a elas uma reputação de uma das vozes mais interessantes e adaptáveis da música contemporânea. O compromisso do duo em colaborar com compositores de diferentes trajetórias culturais é uma marca de seu trabalho. As duas viajam o mundo à procura de novos repertórios. Entre suas viagens recentes, estão países como Colômbia, México e Suécia. Neste ano, vão trabalhar também com compositores da Sérvia e do Brasil.